Vivemos agora uma desaceleração, como você está encarando este
momento da economia?
Ao analisarmos os índices de nossa economia, constatamos uma
desaceleração e um enfraquecimento em diversos setores econômicos e não é
diferente no mercado imobiliário.
Taxa de juros mais altas, inflação oficial
acima do teto da meta, baixo crescimento econômico e além destes dados oficiais
e divulgados, temos ainda uma percepção ruim para o futuro de boa parte da
população e dos empresários.
O mundo econômico sempre foi cíclico e dinâmico, mas não
significa que grandes e bons negócios somente se realizem em momentos de
fartura e bonança. Para quem já tem um horizonte mais amplo e que viveu as
crises dos anos 80 e 90, o que estamos vivendo em nada se compara com os
períodos de imensa dificuldade econômica brasileira.
O ano de 2014 está sendo completamente atípico, o carnaval foi
tardio (mês de março), a Copa do Mundo em território nacional e agora as
eleições em outubro, fez com que o país tivesse reduzido de forma significativa
os dias úteis de trabalho para todos os cidadãos, além de restringir ainda mais
as atividades nos legislativos em todos as esferas.
Analisando o mercado imobiliário, vivemos agora uma
desaceleração, que pode também ser encarada de forma positiva, pois é um
momento de ajustar e consolidar os preços, a demanda, a oferta, pois nenhuma
valorização é sustentada no longo prazo sem períodos de ajustes.
Esses períodos dão ainda mais sustentabilidade e segurança para
que no longo prazo o mercado seja ainda mais sólido e afaste ainda mais riscos
de bolha e de desvalorização.
Em momentos como esse as pessoas tendem a não realizar negócios
e postergar decisões de compra e justamente por essa razão as oportunidades são
criadas em todo o mercado. Afinal em todos os mercados as melhores vendas são
realizadas quando o mercado está comprador e as melhores compras são realizadas
quando o mercado está vendedor.
Ir em direção contrária ao movimento das manadas, e se com
equilíbrio e conhecimento pode trazer benefícios maiores e melhores tanto no
mundo animal quanto no sentido mais amplo de mercado.
Embora em proporção menor que a capital, o interior também está
enfrentando um desaquecimento econômico também no mercado imobiliário, momento
em que a oferta tende a ser maior que a demanda, e isto traz um poder de
negociação para o comprador ainda maior, com maiores possibilidades de se
realizar um bom negócio.
A oferta também aumenta com os imóveis colocados no mercado por
pessoas que precisam vender para aumentar a sua liquidez, tanto por pessoas
físicas quanto pessoas jurídicas, cada qual com sua razão, mas geralmente
porque assumiram compromissos financeiros e com o enfraquecimento da economia
precisam vender algum ativo.
Importante lembrar mais uma vez que o mercado imobiliário tem
uma valorização não linear, e que portanto os ajustes são importantes e trazem
enormes benefícios.
Tanto o financiamento imobiliário quanto o nível de emprego
ainda continuam com bons sinais e por essa razão deixam o mercado imobiliário
com perspectivas bastante positivas.
Acredito portanto que a desaceleração é positiva e além de
trazer boas oportunidades deverão trazer mais sustentabilidade para o mercado
imobiliário, e que aqueles que não postergarem a decisão de compra, farão bons
negócios.
A compra de imóvel sempre foi e sempre será uma ótima
alternativa de investimento e em momentos como este que estamos vivendo é ainda
melhor.
Por Flavio Amaury - vice-presidente do Interior do
Sindicato da Habitação no Estado de São Paulo (Secovi-SP) publicado
originalmente no website Cruzeiro do Sul.
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