Contra a média de 51,7% do PIB na UE, crédito imobiliário na Rússia é um quinto do da República Tcheca, que detém o menor indicador europeu. Baixa taxa de lucros torna serviço oneroso e impede maior crescimento de empréstimos Foto: ITAR-TASS Um estudo da Deloitte sobre o comportamento do mercado imobiliário residencial europeu ao longo de 2012 aponta que o nível de endividamento imobiliário na Rússia é 20 vezes menor do que a média na União Europeia. Enquanto o crédito imobiliário na UE corresponde, em média, a uma parcela de 51,7% do PIB, na Rússia esse número cai para apenas 2,6% - cinco vezes menos que na República Tcheca, detentora do menor índice europeu, segundo a pesquisa. Além disso, os empréstimos não imobiliários já estão se aproximando de seu limite (70% do crescimento do total de crédito de varejo). Segundo o Alfa Bank, o potencial de crescimento do crédito na Rússia está no mercado de imóveis, mas a atual bolha imobiliária dificulta seu desenvolvimento. O mercado russo de crédito de varejo consiste basicamente em empréstimos livres de garantias. “A Europa trilhou o mesmo caminho de desenvolvimento”, afirma o diretor do Banco PSB, Ivan Piatkov. Segundo ele, nos bancos europeus o custo da base de recursos é mais baixo e os prazos dos financiamentos são maiores. Assim, a hipoteca tem um custo menor. No Brasil, o crédito imobiliário corresponde a 7,4% do PIB, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), com base em dados do Banco Central. Segundo a Abecip, de janeiro a junho de 2013 o crédito imobiliário com recursos de poupança obteve os melhores resultados semestrais desde o início do plano real. A associação prevê o crescimento do setor para este ano em 15%. Na Europa, o nível mais alto de endividamento imobiliário é o da Holanda e o da Dinamarca, e o mais baixo é o da República Tcheca. Na Rússia, porém, o total de empréstimos imobiliários é cinco vezes menor que no país vizinho e representa apenas 2,6% do PIB. Os bancos russos não obtêm grandes lucros sobre os produtos imobiliários, com uma margem que varia de 2% a 3%, e taxa final para o mutuário de 12% a 14%, o que torna o serviço oneroso. “Outra razão para a baixa expressividade do crédito imobiliário está no difícil acesso que um cidadão médio russo tem ao crédito imobiliário, significativamente menor do que na Europa, inclusive devido ao nível dos lucros e aos preços dos imóveis”, diz o vice-presidente do conselho administrativo do Banco Nordea, Andrêi Maltsev. Per capita O endividamento imobiliário per capita na Rússia, na faixa dos 311 euros, também é bastante baixo comparado ao europeu. O valor é sete vezes menor do que o da Polônia, que detém os menores indicadores no segmento na Europa (2.280 euros). De acordo com analistas do Alfa Bank, a parcela referente à dívida total do varejo em 2012 representou apenas 12% do PIB. É um nível de dívida extremamente baixo, não só para países desenvolvidos (a maioria deles acima de 50% do PIB), mas também para Europa Central e Oriental. De acordo com o Bureau Nacional de Histórico de Crédito, o crédito imobiliário representa 24,7% do volume total de empréstimos existentes na Rússia, enquanto créditos de curto prazo correspondem a 48,5%, e os financiamentos de automóveis e cartões de crédito representam 14,3% e 12,5%, respectivamente. Fonte em: http://gazetarussa.com.br/economia/2013/09/17/como_no_brasil_credito_engatinha_21695.html |
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Como no Brasil, crédito engatinha
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário